segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Osanyin

Osanyin é a divindade das folhas sagradas, ervas medicinais e litúrgicas. Sua importância é primordial. Nenhuma cerimônia pode ser realizada sem sua interferência. O seu sacerdote é o Babá Olosayin.

É o detentor do axé (força, poder, vitalidade), de que nem mesmo os Orixás podem privar-se. Esse axe encontra-se em folhas e ervas específicas. O nome dessas folhas e o seu emprego é a parte mais secreta do ritual do culto dos Orixá, Vodun e Inkice.

O símbolo de Osanyin é uma haste de ferro de cuja extremidade superior partem sete pontas dirigidas para o alto. A do centro é encimada pela imagem de um pássaro.

Osanyin é o companheiro constante de Ifá. É representado por uma sineta de ferro forjado, terminada por uma haste pontuda enfiada em uma grande semente. A haste é fincada no chão, ao lado do osun (o asen dos fon) do babalawo. Por sua presença, Osanyin traz a influência das folhas para as operações da adivinhação.

Ossaniyn, Ossaim, Ossãe, Ossain, (como se escreve habitualmente) ou Ossanha (na Umbanda) que é o Orixá das ervas, no candomblé Jeje é chamado de Agué é o Vodun da caça e das florestas e conhece os segredos das folhas, no Candomblé Bantu é chamado de Katendê, Senhor das insabas (folhas).

Comanda as folhas medicinais e litúrgicas, muitas vezes é representado com uma única perna. Cada Orixá tem a sua folha, mas só Ossaim detém seus segredos. E sem as folhas e seus segredos não há axé, portanto sem ele nenhuma cerimônia é possível.

Lenda
Era filho caçula de Iemanjá e Oxalá e, desde pequeno, vivia no mato. Tinha uma habilidade especial para tratar qualquer doença, por isso viajava pelo mundo inteiro, sendo sempre recebido com carinho pelo rei de cada tribo.
Ele recebeu de Olorum o segredo das folhas; assim, sabia qual delas curava doenças, trazia vigor ou deixava as pessoas mais calmas. Os outros Orixás invejavam o irmão, pois não tinhas esse poder e dependiam de Ossanha para ter sucesso. Ele cobrava por qualquer trabalho, aceitando mel, fumo e cachaça como pagamento para as curas que realizava. Xangô, que era temperamental, não admitia depender dos serviços de Ossanha, e por isso pediu a sua esposa Iansã, Orixá que domina os ventos, para que as folhas voassem em direção a todos os Orixás, para que cada qual exercesse domínio sobre uma delas.
Em meio à ventania, Ossanha repetia sem parar: “Eu eu assa!”, que significa “Oh, folhas!”. E com esse tipo de reza, embora cada Orixá tenha se apossado de uma filha, Ossanha evitou que seu poder fosse atribuído entre os irmãos, pois só ele conhecia o axé de cada uma delas e o segredo de pronunciar essas palavras de maneira a conservar o poder sobre elas. Com sua sabedoria, até hoje Ossanha permanece como o rei da floresta, sendo considerado o Orixá da medicina. A este Orixá pertence todas as folhas medicinais e ervas utilizadas nos rituais de Nação, por este motivo, temos um Orixá muito respeitado e cultuado em todos as Casas de Religião, podemos dizer que Ossanha possui a solução para todos os problemas relacionados a cura de enfermos, tanto material quanto espiritual. Conta uma lenda muito difundida em Cuba, que certo dia Xangô se queixa a Iansã uma de suas mulheres, que somente Ossanha possuía o segredo medicinal das ervas, e portanto todos os Orixás estavam dependendo dele na terra. Para agradar o Marido, Iansã lança seus ventos fortes aos quatro cantos do mundo, estes ventos derrubaram a cabaça de Ossanha que estava pendurada em uma árvore, quando o Orixá viu aquilo acontecer saiu gritando: "Ewé O! Ewé O!" ('Oh! As folhas! Oh! As folhas!'), só que já era tarde demais, os Orixás pegaram o que foi possível e as repartiram entre sí. Este Orixá não possui uma das pernas, caminha com auxílio de muletas, quando se manifesta em algum filho, este dança normalmente em apenas em uma de suas pernas.

Itan de Osanyin

Osanyin recebera de Olodumare o segredo das folhas. Ele sabia que algumas delas traziam a calma ou o vigor. Outras, a sorte, a glória, as honras ou ainda, a miséria, as doenças e os acidente. Os outros orixás não tinham poder sobre nenhuma planta. Eles dependiam de Ossain para manter sua saúde ou para o sucesso de suas iniciativas.

Xangô, cujo temperamento é impaciente, guerreiro e impetuoso, irritado por esta desvantagem, usou de um ardil para tentar usurpar a Osanyin a propriedade das folhas. Falou dos planos à sua esposa Iansã, a senhora dos ventos. Explicou-lhe que, em certos dias, Osanyin pendurava, num galho de Iroko, uma cabaça contendo suas folhas mais poderosas. --Desencadeie uma tempestade bem forte num desses dias, disse-lhe Xangô. Iansã aceitou a missão com muito gosto.

O vento soprou a grandes rajadas, levando o telhado das casas, arrancando árvores, quebrando tudo por onde passava e, o fim desejado, soltando a cabaça do galho onde estava pendurada. A cabaça rolou para longe e todas as folhas voaram.

Os Orixás se apoderaram de todas. Cada um tornou-se dono de algumas delas, mas Osanyin permaneceu "senhor do segredo" de suas virtudes e das palavras que devem ser pronunciadas para provocar sua ação. E assim, continuou a reinar sobre as plantas como senhor absoluto. Graças ao poder (axé) que possui sobre elas.


Saudação: Eu! Eu!
Dia da Semana: Segunda-feira
Número: 07 e seus múltiplos
Cor: Verde Claro, branco e amarelo
Guia: 01 conta verde e 01 conta branca ou 01 amarelo e 01verde
Oferenda: Pipoca e 02 iapeté (batata inglesa esmagada com azeite-de-dendê, a qual se dá forma de porongo) um com casca e outro sem.
Qualidades:
Delé = mais novo – dizem que ele tem uma perna só, para algumas cultura ele vem acompanhado de um bara muito pequeno e dizem que este bara tem uam perna só que toma seu nome. (sua cor branco e verde 1 x 1)
Aroni = mais velho – forma enrrugado (sua cor verde)
Serebuá = quem guarda os segerdos mágicos das folhas, ele quem recebeu o encanto
Modum = velho feiticeiro, quem conhece e fala com as arvores e os antigos moradores encantados das matas mágicas.


Ferramentas: coqueiro, muleta, bisturi, cágado, moedas e búzios, sua ferramenta tem uma haste central com um pássaro na ponta, do meio dessa haste saem sete pontas.
Ave: Galo arrepiado ou de pescoço pelado ou galo branco
Quatro pé: Cabrito malhado claro.

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