Osun, Oshun ou Oschun, na Mitologia Yoruba é um orixá feminino. O seu nome deriva do rio Osun, que corre na Iorubalândia, região nigeriana de Ijexá e Ijebu. É tida como um único Orixá que tomaria o nome de acordo com a cidade por onde corre o rio, ou que seriam dezesseis e o nome se relacionaria a uma profundidade desse rio. As mais velhas ou mais antigas são encontradas nos locais mais profundos (Ibu), enquanto as mais jovens e guerreiras respondem pelos locais mais rasos. Ex. Osun Osogbo, Osun Opara ou Apara, Yeye Iponda, Yeye Kare, Yeye Ipetu... Em seu livro Notas Sobre o Culto aos Orixás e Voduns, Pierre Fatumbi Verger escreve que os tesouros de Oxum são guardados no palácio do rei Ataojá. O templo situa-se em frente e contém uma série de estátuas esculpidas em madeira, representando diversos Orixás: "Osun Osogbo, que tem as orelhas grandes para melhor ouvir os pedidos, e grandes olhos, para tudo ver. Ela carrega uma espada para defender seu povo." Oxum é um Orixá feminino da nação Ijexá adotada e cultuada em todas as religiões afro-brasileiras. É o Orixá das águas doces dos rios e cachoeiras, da riqueza, do amor, da prosperidade e da beleza, em Oxum, os fiéis também buscam auxílio para a solução de problemas no amor, uma vez que ela é a responsável pelas uniões e na vida financeira, tanto que muitas vezes é chamada de Senhora do Ouro que outrora era do Cobre por ser o metal mais valioso da época. Na natureza, o culto à Oxum costuma ser realizado nos rios e nas cachoeiras e, mais raramente, próximo às fontes de águas minerais. Oxum é símbolo da sensibilidade e muitas vezes derrama lágrimas ao incorporar, característica que se transfere a seus filhos identificados por chorões. Candomblé Bantu - a Nkisi Ndandalunda, Senhora da fertilidade, e da Lua, muito confundida com Hongolo e Kisimbi, tem semelhanças com Oxum. Candomblé Ketu - Divindade das águas doces, Oxum é a padroeira da gestação e da fecundidade, recebendo as preces das mulheres que desejam ter filhos e protegendo-as durante a gravidez. Protege, também, as crianças pequenas até que comecem a falar, sendo carinhosamente chamada de Mamãe por seus devotos.
Lenda
Quando Oxalá estava criando o mundo, escolheu Oxum para ser protetora das crianças. Ela deveria zelar pelos pequeninos desde o momento da concepção, ainda no ventre materno, até que pudessem usar o raciocínio e se expressar em algum idioma. Por isso, Oxum é considerada a deusa da fertilidade e da maternidade.
Por sua beleza, Oxum também é tida como a deusa da vaidade, sendo vista como uma Orixá jovem e bonita, mirando-se em seus espelhos (abebê) e abanando-se com seu leque (abelê). Quando todos os Orixás chegaram à terra, organizaram reuniões onde as mulheres não eram admitidas. Oxum ficou aborrecida por ser posta de lado e não poder participar de todas as deliberações. Para vingar-se, tornou as mulheres estéreis e impediu que as atividades desenvolvidas pelos deuses chegassem a resultados favoráveis. Desesperados, os Orixás dirigiram-se a Olorum e explicaram-lhe que as coisas iam mal sobre a terra, apesar das decisões que tomavam em suas assembléias.
Olorum perguntou se Oxum participava das reuniões e os Orixás responderam que não. Olorum, explicou-lhes então que, sem a presença de Oxum e do seu poder sobre a fecundidade, nenhum de seus empreendimentos poderia dar certo. De volta à terra, os Orixás convidaram Oxum para participar de seus trabalhos, o que ela acabou por aceitar depois de muito lhe rogarem. Em seguida, as mulheres tornaram-se fecundas e todos os projetos obtiveram felizes resultados. Senhora soberana das águas doces. Todos os rios, lagos, lagoas e cachoeiras pertencem a este Orixá. O casamento, o ventre e a fecundidade e as crianças são de Oxum, assim como, talvez por conseqüência, a felicidade.
O ouro e o dinheiro em todas as suas espécies também são de Oxum. Pela hierarquia é o primeiro Orixá doce seguida de Iemanjá e Oxalá, formando assim o grupo de Orixás chamado de Cabeças Grande. Em uma lenda conta-se que quando os Orixás chegaram ao mundo eram feitas reuniões onde as mulheres não poderiam participar, Oxum insatisfeita com a decisão retirou toda a fecundidade do mundo, nada mais crescia e nada mais nascia. Os homens da terra começaram a desacreditar nos Orixás, pois a eles recorriam e não obtinham a solução desejada, pois a fecundidade pertence ao Orixá em tal insatisfação. O Grande Pai explicou aos Orixás que sem Oxum nas decisões sobre a terra nada adiantaria, pois ela tinha o segredo da procriação. Sendo assim Todos foram até a Mãe, que aceitou as desculpas, começou a participar das reuniões e o mundo retomou seu rumo normal.
Saudação: Iê iêu!
Dia da Semana: Sábado
Número: 08 e seus múltiplos
Cor: Todos os tons de amarelo, a escolha do tom depende da característica da Mãe
Guia: toda amarela de um mesmo tom, o tom varia com a característica da Mãe
Oferenda: canjica amarela cozida e quindim, e o famoso omolucum
Qualidade:
Òsun EPandá Ibedji = muito jovem e vaidosa (cor amarelo ouro claro, podendo usar 4 amarelas e 1 vermelha)
Òsun EPandá = outra guerreira é a verdadeira òsun ijesa que veio de Ijesa ou de Ipondá (cor amarelo ouro claro, podendo usar 8 amarelas e 1 vermelha)
Òsun Opará = mais jovem e guerreira (amareolo ouro claro)
Yeye Odo = muito semlehante a docò = é a òsun das fontes; talvez seja a mesma que íyá mi Odo ou Iya Nodo, um tipo Yemánjá. (cor amarelo ouro escuro, podendo usar 4 amarela e 1 branca)
Yeye Kaiò = é um tipo de òsun mais velha, autoritária é guerreira e agressiva. (cor amarelo ouro, podendo usar 1 amarela e 1 preta)
Òsun Demun ou Jimu =intermediaria ligada a magia das folhas e das águas (cor amarelo ouro escuro, podendo usar 4 amarela e 1 verde)
Òsun Olobá = jovem idosa (cor amarelo ouro)
Òsun Abalu ou Docô = muito velha. (cor amarelo ouro escuro, podendo usar 4 amarela e 1 branca)
Iyá Omi = idosa . (cor amarelo ouro escuro)
Ferramentas: todos adornos femininos em ouro, peixe, leque, caramujos, coração, moedas e búzios
Ave: Galinha amarela
Quatro pé: cabrita branca ou amarela
Sete folhas mais usadas para Oxum: Efirin, Eré tuntún, Macassá, Teté, Ejá Omodé, Wuê mimolé, Ewê boyí funfun
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Lendas de Obokun
Lenda de Obokun
Contam alguns antigos que, quando da criação do mundo, invejosas da perfeição da obra, as entidades malévolas resolveram semear a discórdia entre Obatalá e Ododua. Por isso, difundiram a seguinte versão para o primeiro ato da vida no Universo:
No principio dos tempos, as divindades viviam no Orum, abaixo do qual apenas a imensidão das águas, Olofim, que é também Olodumaré e Olorum – o senhor do Orum, o Céu -, deu a Obatalá, o senhor das vestes brancas, uma corrente, uma porção de terra numa casca de caracol e uma espécie de galinha de cinco dedos, ordenando-lhe que descesse e criasse a Terra. Entretanto, ao se aproximar do portal do Orum, Obatalá viu que alguma divindades faziam uma festa e parou para cumprimentá-las. Elas ofereceram-lhe vinho de palmeira, mas ele bebeu demais e, embriagado, adormeceu. Ododua, seu irmão mais novo, por acaso ouviu as instruções dadas por Olorum e, ao ver que Obatalá dormia, pegou os apetrechos e foi para a beira do Orum, acompanhado de um camaleão. Naquele local, jogou a corrente, pela qual então desceram. Desceram lá embaixo. Ododua lançou a porção de terra na água e colocou a galinha de cinco dedos em cima dela. A Galinha começou a ciscar a terra, espalhando-a em todas as direções, para muito longe, até o fim do mundo. Depois, Ododua mandou o camaleão verificar se o solo era firme. Então, Ododua pisou no chão de Idio, local onde se fez sua morada e onde hoje se localiza, em Ifé, seu bosque sagrado. Quando Obatalá despertou da embriaguez e descobriu que o trabalho já havia sido concluído, percebeu o quanto o vinho de palmeira era perigoso. Assim, proibiu que seus filhos o bebessem por todo o sempre. Em seguida, Obatalá desceu à terra e a reclamou como sua, porque havia sido enviado por Olodumarê para criá-la e reinar sobre ela por direito, uma vez que era mais velho que o seu irmão Ododua – a quem acusou de lhe ter roubado o saco da criação.
Ododua insistia em ser o verdadeiro dono da terra, uma vez que a criara. Os dois irmãos começaram a brigar. E as divindades que os acompanharam até a terra dividiram-se em dois grupos, cada um tomando um partido deles. Do lado de Ododua, ficaram Obokun (também conhecido por Ajacá). Oraniã, Obameri, Essidalê, Ossãin (o medico de Ododua), Aguemã e Obalufã. Tomaram o partido de Obatalá Orixaquirê, Alaxé, Tecô e Ijubé. Entre as duas facções ficou Aranfé, o senhor do trovão em Ifé. Foi no alto do oquê Orá (o monte Orá), a poucos quilômetros a nordeste de Ifé, que Ododua e seus companheiros tiveram a primeira morada na terra. Dali sairia para dar combate aos seus parentes Ibos, liderados por Obatalá e Oreluerê. Quando Olorum soube da disputa, chamou Obatalá e Ododua de volta ao Orum para que cada qual contasse sua versão do acontecido e terminassem com aquela disputa. Depois de ouvir as duas partes, Olorum conferiu a Ododua, criador da terra, o direito de possuí-la e de reinar sobre ela; e ele se tornou o primeiro rei de Ifé. A Obatalá deu o titulo especial de orixalá, o grande orixá, e o poder de moldar os corpos humanos; e ele se tornou o criador da humanidade. Olorum então o enviou de volta à terra acompanhados de Oramfé, para manter a paz entre eles; além de Ifá, o senhor do destino; e de Elexijé, o senhor da saúde.
Cegueira e morte de Ododua
A divergência entre Ododua e Obatalá não passa de invencionice das entidade malévolas. O que é certo e verdadeiro, segundo os mais velhos dos mais velhos, é que, um dia, já bem idoso Ododua ficou cego. Então, mandou que cada um de seus 16 filhos, e um de cada vez, fosse até o oceano buscar água salgada, conforme lhe fora prescrito como remédio. Cada um que retornava chegava sem sucesso; até que Obokum, o mais novo, finalmente obteve êxito. Ododua lavou os olhos com água salgada e recuperou a visão.
Entre os filhos de Ododua, que tinha a pele mais clara que a de seus conterrâneos e por isso era visto como “Branco”, estão; Ocambi, ogum, Obameri, Euí, Essidalê, Obalufã, Alaimorê, Oni e Obokun, o mais novo. O primogênito foi Ocambi, que, por sua vez, teve sete filhos, de ambos os sexos; estes reinaram, respectivamente, em Ilexá Owu, Sabé, Popô, Ilá, Ibinin e Queto.
Quando ficou cego, Ododua quis indicar Ogum como regente de Ifé. Obameri e Essidalê não concordaram com a idéia para evitar a disputa, Ododua entregou a ogum o governo de Irê.
Com o objetivo de desestimular qualquer tipo de divergência, Ododua dividiu igualmente todo o país e esqueceu-se justamente de Obokun, que estava ausente, pois foi buscar água do mar para curar a cegueira do pai. Exatamente nesse momento, Ododua tomou conhecimento de que todos os seus outros filhos, exceto Obokun e Oni, haviam roubado suas propriedades e suas coroas deixando apenas a que ele usava no dia-a-dia. Assim, quando Obokun voltou com a água que devolveu a visão ao seu pai, foi o primeiro legitimamente contemplado – recebeu a espada cerimonial, símbolo de sua autoridade como OUA Ilexá, o rei do país dos Ijexás.
Durante uma das muitas guerras em que se empenhou. Ogum capturou uma bela mulher chamada Lacanjê e a tornou sua concubina.
Contam alguns antigos que, quando da criação do mundo, invejosas da perfeição da obra, as entidades malévolas resolveram semear a discórdia entre Obatalá e Ododua. Por isso, difundiram a seguinte versão para o primeiro ato da vida no Universo:
No principio dos tempos, as divindades viviam no Orum, abaixo do qual apenas a imensidão das águas, Olofim, que é também Olodumaré e Olorum – o senhor do Orum, o Céu -, deu a Obatalá, o senhor das vestes brancas, uma corrente, uma porção de terra numa casca de caracol e uma espécie de galinha de cinco dedos, ordenando-lhe que descesse e criasse a Terra. Entretanto, ao se aproximar do portal do Orum, Obatalá viu que alguma divindades faziam uma festa e parou para cumprimentá-las. Elas ofereceram-lhe vinho de palmeira, mas ele bebeu demais e, embriagado, adormeceu. Ododua, seu irmão mais novo, por acaso ouviu as instruções dadas por Olorum e, ao ver que Obatalá dormia, pegou os apetrechos e foi para a beira do Orum, acompanhado de um camaleão. Naquele local, jogou a corrente, pela qual então desceram. Desceram lá embaixo. Ododua lançou a porção de terra na água e colocou a galinha de cinco dedos em cima dela. A Galinha começou a ciscar a terra, espalhando-a em todas as direções, para muito longe, até o fim do mundo. Depois, Ododua mandou o camaleão verificar se o solo era firme. Então, Ododua pisou no chão de Idio, local onde se fez sua morada e onde hoje se localiza, em Ifé, seu bosque sagrado. Quando Obatalá despertou da embriaguez e descobriu que o trabalho já havia sido concluído, percebeu o quanto o vinho de palmeira era perigoso. Assim, proibiu que seus filhos o bebessem por todo o sempre. Em seguida, Obatalá desceu à terra e a reclamou como sua, porque havia sido enviado por Olodumarê para criá-la e reinar sobre ela por direito, uma vez que era mais velho que o seu irmão Ododua – a quem acusou de lhe ter roubado o saco da criação.
Ododua insistia em ser o verdadeiro dono da terra, uma vez que a criara. Os dois irmãos começaram a brigar. E as divindades que os acompanharam até a terra dividiram-se em dois grupos, cada um tomando um partido deles. Do lado de Ododua, ficaram Obokun (também conhecido por Ajacá). Oraniã, Obameri, Essidalê, Ossãin (o medico de Ododua), Aguemã e Obalufã. Tomaram o partido de Obatalá Orixaquirê, Alaxé, Tecô e Ijubé. Entre as duas facções ficou Aranfé, o senhor do trovão em Ifé. Foi no alto do oquê Orá (o monte Orá), a poucos quilômetros a nordeste de Ifé, que Ododua e seus companheiros tiveram a primeira morada na terra. Dali sairia para dar combate aos seus parentes Ibos, liderados por Obatalá e Oreluerê. Quando Olorum soube da disputa, chamou Obatalá e Ododua de volta ao Orum para que cada qual contasse sua versão do acontecido e terminassem com aquela disputa. Depois de ouvir as duas partes, Olorum conferiu a Ododua, criador da terra, o direito de possuí-la e de reinar sobre ela; e ele se tornou o primeiro rei de Ifé. A Obatalá deu o titulo especial de orixalá, o grande orixá, e o poder de moldar os corpos humanos; e ele se tornou o criador da humanidade. Olorum então o enviou de volta à terra acompanhados de Oramfé, para manter a paz entre eles; além de Ifá, o senhor do destino; e de Elexijé, o senhor da saúde.
Cegueira e morte de Ododua
A divergência entre Ododua e Obatalá não passa de invencionice das entidade malévolas. O que é certo e verdadeiro, segundo os mais velhos dos mais velhos, é que, um dia, já bem idoso Ododua ficou cego. Então, mandou que cada um de seus 16 filhos, e um de cada vez, fosse até o oceano buscar água salgada, conforme lhe fora prescrito como remédio. Cada um que retornava chegava sem sucesso; até que Obokum, o mais novo, finalmente obteve êxito. Ododua lavou os olhos com água salgada e recuperou a visão.
Entre os filhos de Ododua, que tinha a pele mais clara que a de seus conterrâneos e por isso era visto como “Branco”, estão; Ocambi, ogum, Obameri, Euí, Essidalê, Obalufã, Alaimorê, Oni e Obokun, o mais novo. O primogênito foi Ocambi, que, por sua vez, teve sete filhos, de ambos os sexos; estes reinaram, respectivamente, em Ilexá Owu, Sabé, Popô, Ilá, Ibinin e Queto.
Quando ficou cego, Ododua quis indicar Ogum como regente de Ifé. Obameri e Essidalê não concordaram com a idéia para evitar a disputa, Ododua entregou a ogum o governo de Irê.
Com o objetivo de desestimular qualquer tipo de divergência, Ododua dividiu igualmente todo o país e esqueceu-se justamente de Obokun, que estava ausente, pois foi buscar água do mar para curar a cegueira do pai. Exatamente nesse momento, Ododua tomou conhecimento de que todos os seus outros filhos, exceto Obokun e Oni, haviam roubado suas propriedades e suas coroas deixando apenas a que ele usava no dia-a-dia. Assim, quando Obokun voltou com a água que devolveu a visão ao seu pai, foi o primeiro legitimamente contemplado – recebeu a espada cerimonial, símbolo de sua autoridade como OUA Ilexá, o rei do país dos Ijexás.
Durante uma das muitas guerras em que se empenhou. Ogum capturou uma bela mulher chamada Lacanjê e a tornou sua concubina.
Ògun
Ogum (em yoruba: Ògún) é, na mitologia yoruba, o orixá ferreiro, senhor dos metais. O próprio Ogum forjava suas ferramentas, tanto para a caça, como para a agricultura, e para a guerra. Na África seu culto é restrito aos homens, e existiam templos em Ondo, Ekiti e Oyo. Era o filho mais velho de Oduduwa, o fundador de Ifé, identificado no jogo do merindilogun pelos odu etaogunda, odi e obeogunda.
Ogum é considerado o primeiro dos orixás a descer do Orun (o céu), para o Aiye (a Terra), após a criação, visando uma futura vida humana. Em comemoração a tal acontecimento, um de seus vários nomes é Oriki ou Osin Imole, que significa o "primeiro orixá a vir para a Terra".
Ogum foi provavelmente a primeira divindade cultuada pelos povos yorubá da África Ocidental. Acredita-se que ele tenha wo ile sun, que significa "afundar na terra e não morrer", em um lugar chamado 'Ire-Ekiti'.
É também chamado por Ògún, Ogoun, Gu, Ogou, Ogun e Oggún. Sua primeira aparição na mitologia foi como um caçador chamado Tobe Ode. É considerado o orixá ferreiro, Senhor dos metais, responsável por forjar suas próprias ferramentas, tanto para a caça como para a agricultura e para a guerra. Na África seu culto é restrito aos homens, existiam templos os estados de Ondo, Ekiti e Oyo.
É filho de Oduduwa e Yembo, irmão de Xangô, Oxossi, Oxun e Eleggua. Ogum é o filho mais velho de Odudua, o herói civilizador que fundou a cidade de Ifé. Quando Odudua esteve temporariamente cego, Ogum tornou-se seu regente em Ifé.
Ogum é um orixá importantíssimo na África e no Brasil. Sua origem, de acordo com a história, data de eras remotas. Ogum é o último imolé.
Os Igba Imolé eram os duzentos deuses da direita que foram destruídos por Olodumaré após terem agido mal. A Ogum, o único Igba Imolé que restou, coube conduzir os Irun Imole, os outros quatrocentos deuses da esquerda.
Foi Ogum quem ensinou aos homens como forjar o ferro e o aço. Ele tem um molho de sete instrumentos de ferro: alavanca, machado, pá, enxada, picareta, espada e faca, com as quais ajuda o homem a vencer a natureza.
O guerreiro
Era um guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos. Dessas expedições, ele trazia sempre um rico espólio e numerosos escravos. Guerreou contra a cidade de Ará e a destruiu. Saqueou e devastou muitos outros estados e apossou-se da cidade de Irê, matou o rei, aí instalou seu próprio filho no trono e regressou glorioso, usando ele mesmo o título de Oníìré, "Rei de Irê". Tem semelhança com o vodum Gu.
Ogum era o filho predileto de Odudua; essa preferência devia-se à sua abnegação, pois, quando estava construindo o mundo, esparramando terra com sua espada de cristal para formar os continentes, a mesma partiu-se; mas ele não desanimou e voltou para continuar o trabalho com sua espada de ferro. Essa afinidade fica evidente quando Odudua vem ao mundo e é amparado e escoltado por Ogum nas festas grandes nos terreiros. A primeira cidade que Ogum construiu foi Irê, deixando seu filho na chefia do governo, em seguida partiu para fundar ou conquistar outras cidades. Muito tempo depois, ele retornou, mas teve a impressão de que ninguém o reconheceu e ficou colérico. Naquele dia, por fatal coincidência, acontecia uma cerimônia onde não era permitido falar, o que teria causado a Ogum a Impressão de que o estavam desprezando. Uma outra lenda afirma que ele não teria reconhecido a cidade que fundara, tratando a população como inimiga. Enfurecido Ogum foi dizimando a todos. Mais, tarde, quando seu filho pôde falar com ele, então percebeu o erro, mas já era tarde demais. O guerreiro ficou tão arrependido que preferiu morrer. Assim, ele baixou sua espada em direção ao chão e, da mesma maneira que a utilizara para destruir seus inimigos, com um gesto violento abriu um grande buraco no chão e afundou terra adentro. Esta emoção, somada à força do guerreiro, transformou Ogum num Orixá. Ògun é o Orixá guerreiro da Nação Nagô, defende as leis e a ordem, representa todas as batalhas da vida humana, na luta pelo dia-a-dia, está presente em tudo aquilo em que é preciso lutar para se alcançar a vitória.
Com Ogum os homens aprenderam a manufacturar o ferro e o aço, a Ogum pertence o "obé" - a faca utilizada para os sacrifícios
Saudação: Ogunhê
Dia da Semana: Segunda-feira para Ogum Avagã, Quinta-feira para os demais
Número: 07 e seus múltiplos
Cor: Vermelho x Verde em geral ou para algumas casa de nagô azul escuro, podendo acompanhar vermelho ou amarelo dependendo da qualidade do ogum.
Guia: Vermelho e Verde escuros ou azul marinho ou azul marinho com vermelho ou amarelo
Oferenda: Pipoca, Farinha de mandioca mistura com dendê e costela de gado assada
Qualidade:
Ògún Avagã ou Ògún Olode = Ligado ao Bará seu assetnamento dica do lado de fora do templo, geralmente na frente da casa, é o Ògún dos caçadores. Solitário. (cor verde escuro e vermelho escuro = 1 x1)
Ògún Meje = É o mais velho de todos os oguns, raiz dos outros, Ògún completo, geralmente recebe oferendas em campos como lado de fora de cemitérios ou encruzilhadas. (cor 7 azul escuro e 1 vermelha)
Ôgúnjá = é um Ògún, como indica seu nome, particularmente combativo. (cor 7 azul escuro e 1 branca)
Ògún Ajàká = é o "verdadeiro Ògún guerreiro", sanguinário. (cor azul escuro)
Ògún Lebede (Alagbede) = é o Ògún dos ferreiros, marido de Yémánjá e pai de Ògún Akoro. (7 azul escuro e 1 verde)
Ògún Akoró = é o irmão de Òṣṣòsi, ligado a floresta. (cor azulão)
Ògún Oniré ou Onira = é o título do filho do Ògún que reinou sobre Iré, o dono de Iré, primeiro filho de Odúduwà. (cor 7 azulão e 1 verde)
Adjiolaiá = Ògún que faz juntó com òṣún. (cor 7 azulão e 1 amarela, ou toda azulão)
Ferramentas: Alicate, espada, faca, bigorna, búzios, moedas, martelo, tenaz, lança, ferradura, entre outros
Ave: Galo prateado(penas pretas e brancas)
Quatro pé: Cabrito malhado
Sete folhas mais utilizada para Ogum: Iji opé, Ida orixá, Atoribé, Okiká, Ojusaju, Peregun, Ewurô
O - O Ògún orun odò wá má kóni èle, abògún wá onà ijó wá jà bá mi o!
R - O Ògún orun odò wá má kóni èle, abògún wá onà ijó wá jà bá mi o!
Ogum é considerado o primeiro dos orixás a descer do Orun (o céu), para o Aiye (a Terra), após a criação, visando uma futura vida humana. Em comemoração a tal acontecimento, um de seus vários nomes é Oriki ou Osin Imole, que significa o "primeiro orixá a vir para a Terra".
Ogum foi provavelmente a primeira divindade cultuada pelos povos yorubá da África Ocidental. Acredita-se que ele tenha wo ile sun, que significa "afundar na terra e não morrer", em um lugar chamado 'Ire-Ekiti'.
É também chamado por Ògún, Ogoun, Gu, Ogou, Ogun e Oggún. Sua primeira aparição na mitologia foi como um caçador chamado Tobe Ode. É considerado o orixá ferreiro, Senhor dos metais, responsável por forjar suas próprias ferramentas, tanto para a caça como para a agricultura e para a guerra. Na África seu culto é restrito aos homens, existiam templos os estados de Ondo, Ekiti e Oyo.
É filho de Oduduwa e Yembo, irmão de Xangô, Oxossi, Oxun e Eleggua. Ogum é o filho mais velho de Odudua, o herói civilizador que fundou a cidade de Ifé. Quando Odudua esteve temporariamente cego, Ogum tornou-se seu regente em Ifé.
Ogum é um orixá importantíssimo na África e no Brasil. Sua origem, de acordo com a história, data de eras remotas. Ogum é o último imolé.
Os Igba Imolé eram os duzentos deuses da direita que foram destruídos por Olodumaré após terem agido mal. A Ogum, o único Igba Imolé que restou, coube conduzir os Irun Imole, os outros quatrocentos deuses da esquerda.
Foi Ogum quem ensinou aos homens como forjar o ferro e o aço. Ele tem um molho de sete instrumentos de ferro: alavanca, machado, pá, enxada, picareta, espada e faca, com as quais ajuda o homem a vencer a natureza.
O guerreiro
Era um guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos. Dessas expedições, ele trazia sempre um rico espólio e numerosos escravos. Guerreou contra a cidade de Ará e a destruiu. Saqueou e devastou muitos outros estados e apossou-se da cidade de Irê, matou o rei, aí instalou seu próprio filho no trono e regressou glorioso, usando ele mesmo o título de Oníìré, "Rei de Irê". Tem semelhança com o vodum Gu.
Ogum era o filho predileto de Odudua; essa preferência devia-se à sua abnegação, pois, quando estava construindo o mundo, esparramando terra com sua espada de cristal para formar os continentes, a mesma partiu-se; mas ele não desanimou e voltou para continuar o trabalho com sua espada de ferro. Essa afinidade fica evidente quando Odudua vem ao mundo e é amparado e escoltado por Ogum nas festas grandes nos terreiros. A primeira cidade que Ogum construiu foi Irê, deixando seu filho na chefia do governo, em seguida partiu para fundar ou conquistar outras cidades. Muito tempo depois, ele retornou, mas teve a impressão de que ninguém o reconheceu e ficou colérico. Naquele dia, por fatal coincidência, acontecia uma cerimônia onde não era permitido falar, o que teria causado a Ogum a Impressão de que o estavam desprezando. Uma outra lenda afirma que ele não teria reconhecido a cidade que fundara, tratando a população como inimiga. Enfurecido Ogum foi dizimando a todos. Mais, tarde, quando seu filho pôde falar com ele, então percebeu o erro, mas já era tarde demais. O guerreiro ficou tão arrependido que preferiu morrer. Assim, ele baixou sua espada em direção ao chão e, da mesma maneira que a utilizara para destruir seus inimigos, com um gesto violento abriu um grande buraco no chão e afundou terra adentro. Esta emoção, somada à força do guerreiro, transformou Ogum num Orixá. Ògun é o Orixá guerreiro da Nação Nagô, defende as leis e a ordem, representa todas as batalhas da vida humana, na luta pelo dia-a-dia, está presente em tudo aquilo em que é preciso lutar para se alcançar a vitória.
Com Ogum os homens aprenderam a manufacturar o ferro e o aço, a Ogum pertence o "obé" - a faca utilizada para os sacrifícios
Saudação: Ogunhê
Dia da Semana: Segunda-feira para Ogum Avagã, Quinta-feira para os demais
Número: 07 e seus múltiplos
Cor: Vermelho x Verde em geral ou para algumas casa de nagô azul escuro, podendo acompanhar vermelho ou amarelo dependendo da qualidade do ogum.
Guia: Vermelho e Verde escuros ou azul marinho ou azul marinho com vermelho ou amarelo
Oferenda: Pipoca, Farinha de mandioca mistura com dendê e costela de gado assada
Qualidade:
Ògún Avagã ou Ògún Olode = Ligado ao Bará seu assetnamento dica do lado de fora do templo, geralmente na frente da casa, é o Ògún dos caçadores. Solitário. (cor verde escuro e vermelho escuro = 1 x1)
Ògún Meje = É o mais velho de todos os oguns, raiz dos outros, Ògún completo, geralmente recebe oferendas em campos como lado de fora de cemitérios ou encruzilhadas. (cor 7 azul escuro e 1 vermelha)
Ôgúnjá = é um Ògún, como indica seu nome, particularmente combativo. (cor 7 azul escuro e 1 branca)
Ògún Ajàká = é o "verdadeiro Ògún guerreiro", sanguinário. (cor azul escuro)
Ògún Lebede (Alagbede) = é o Ògún dos ferreiros, marido de Yémánjá e pai de Ògún Akoro. (7 azul escuro e 1 verde)
Ògún Akoró = é o irmão de Òṣṣòsi, ligado a floresta. (cor azulão)
Ògún Oniré ou Onira = é o título do filho do Ògún que reinou sobre Iré, o dono de Iré, primeiro filho de Odúduwà. (cor 7 azulão e 1 verde)
Adjiolaiá = Ògún que faz juntó com òṣún. (cor 7 azulão e 1 amarela, ou toda azulão)
Ferramentas: Alicate, espada, faca, bigorna, búzios, moedas, martelo, tenaz, lança, ferradura, entre outros
Ave: Galo prateado(penas pretas e brancas)
Quatro pé: Cabrito malhado
Sete folhas mais utilizada para Ogum: Iji opé, Ida orixá, Atoribé, Okiká, Ojusaju, Peregun, Ewurô
O - O Ògún orun odò wá má kóni èle, abògún wá onà ijó wá jà bá mi o!
R - O Ògún orun odò wá má kóni èle, abògún wá onà ijó wá jà bá mi o!
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